Onde a PROAE está? “Nunca vi, nem conheço, só ouço falar!” É com a adaptação da música “Caviar”, consagrada na voz do cantor Zeca Pagodinho que inicio este breve texto, ou se preferirem este relato.
É visivelmente díspar a política pregada pela UFRN e o serviço oferecido pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil. Afirmo isto com base na realidade vivida pelos estudantes do CERES, mais especificamente na humilhante saga encarada pelos residentes do CERES Campus de Caicó/RN.
Não se limitando apenas aos residentes, faço reflexões referentes àqueles que não necessariamente necessitam de Residência Universitária, mas que precisam de outra categoria de auxílio para prosseguir na graduação: uma casa de pouso para os universitários que venham desenvolver algum tipo de atividade que dure mais de um turno, um restaurante universitário para os alunos (como também professores e servidores), um maior número de bolsas de apoio técnico destinada aqueles que se encaixem no perfil carente socioeconômico (e não migalhas), a viabilização de um ônibus circular destinado aos universitários que residem em Caicó.
A participação da PROAE é ínfima no nosso Centro. Talvez se saíssemos indagando os discentes sobre quem seria a Pró-Reitora de Assuntos Estudantis, poucos saberiam responder. O resultado da pesquisa traduziria a omissão desta Pró-reitoria no CERES. Os problemas enfrentados pelos residentes é o exemplo mor da omissão dos que compõe a pasta: a má alimentação oferecida sendo do conhecimento da PROAE, a intransigência, o autoritarismo em detrimento da autoridade. Todos esses fatores deram origem ao que é atualmente conhecimento como movimento #ForaJaneusa.
Diante disso, mais uma vez o movimento estudantil vai às ruas, agora objetivando destituir uma tirana do poder. Em meio a tudo, isso há aqueles que se calam como se nada acontecesse por temerem represálias; há aqueles que sabem do que está acontecendo, mas dizem “eu não vou fazer movimento por que sei que nada vai mudar”; mas também há aqueles que acordam quem insiste em dormir o sono do conformismo. Eu sou daqueles que caminham, cantam e convocam: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, Não espera acontecer”.
Por Antonio Alves, do CERES