Pular para o conteúdo principal

O discurso do agronegócio e a falácia da propaganda de sementes transgênicas

Por José Coutinho Júnior
Da Página do MST


“De grão em grão, os transgênicos estão invadindo o campo brasileiro. Juntos, a soja e o milho são os grãos mais cultivados no país, e é possível afirmar que as sementes geneticamente modificadas desses dois produtos já são responsáveis por quase um terço da renda bruta gerada na lavoura — R$ 57,9 bilhões (30,8%) do Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 188,2 bilhões em 2011, conforme dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)”.

Esse pequeno trecho da matéria “Transgênico responde por 30,7% da renda no campo”, publicada no Correio Braziliense, em 19 de março, mostra o discurso do agronegóco, adotado pela grande imprensa, de que os transgênicos são a melhor forma de produzir comida em grande quantidade.

“Os transgênicos têm uma representação significativa na nossa economia. pois estão ligados àscommodities, como soja e milho, que são os transgênicos mais plantados no Brasil”, avalia Gabriel Fernandes, da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (ASPTA).



As plantações de soja e milho transgênicos, de acordo com a reportagem, representam 82,7% e 64,9% do total da produção nacional das culturas, respectivamente.

Para Gerson Teixeira, ex-presidente da Associação Brasileira de Reforma
Agrária (Abra) e integrante do núcleo agrário do PT, há também uma dimensão política para a importância dada hoje aos transgênicos.

“A bancada ruralista na maior parte da sua ação não defende a agricultura, mas a indústria do agronegócio. A liberação total da soja, que aconteceu no governo Lula, foi facilitada pelas circunstâncias da posse do presidente, mas principalmente por causa do lobby feito pela Monsanto em conjunto com os ruralistas”.

A ideia de que os transgênicos ocupam uma área grande de plantio no mundo todo também é falsa. Segundo a matéria do Correio Brasiliense, cinco países concentram a maior parte da produção de transgênicos (Estados Unidos, Brasil, Argentina, Índia, Canadá e China), totalizando ao todo 140 milhões de hectares.

Para Fernandes, “o próprio dado da reportagem mostra que é um total pequeno, além do fato de só cinco países deterem a maior parte da produção. Com isso não se pode afirmar que os transgênicos são uma forma mundial de plantio”.

Agrotóxicos

Além disso, a reportagem omite que os fazendeiros que compram transgênicos devem pagar royalties às transnacionais, que detêm patentes das sementes.

Não explicam também que o diferencial dos organismos geneticamente modificados é que resistem aos agrotóxicos específicos da empresa que vende a semente, criando uma relação de monopólio de sementes por parte da empresa.

Segundo Fernandes, os efeitos dos agrotóxicos já estão comprovados e vão desde enjôos até câncer.

“É um absurdo sermos o país que mais usa agrotóxicos apesar de termos uma área de plantio menor que os Estados Unidos. Mais nocivo do que os agrotóxicos para o país e para a população, no entanto, é a bancada ruralista, que está preocupada em defender os interesses das empresas”, acusa Gerson Teixeira.

FONTE: MST

Postagens mais visitadas deste blog

Xerox na UFRN

Você está indignado com o serviço de Xerox na UFRN? Não agüenta mais ficar em fila? Já precisou várias vezes de material que não teve como copiar? Quer um serviço mais barato e de qualidade? Seus problemas ainda não acabaram, mas podem acabar!                 O DCE/UFRN, gestão “Da luta não me retiro” , na qualidade de representante legitimado dos estudantes da UFRN, diante da grande quantidade de reclamações de diversos estudantes e Centros Acadêmicos a respeito péssima qualidade do serviço de reprografia atualmente prestado nessa Universidade - as longas filas e esperas, muitas vezes sem conseguir êxito para retirar cópia ou fazer impressão, que têm feito inclusive vários estudantes perderem aula – convoca os estudantes para discutir e pensar soluções práticas para a problemática da Xerox .                 A última licitação para prestação de serviço de copiadora na UFRN ocorreu em 2002 (concorrência nº 02/2002), o que significa que a empresa que atualmente está na UFRN o faz sem li

HOMOLOGAÇÃO DAS CHAPAS AO PROCESSO DE TIRAGEM DE DELEGADOS DA UFRN AO CONUEE

O DCE UFRN, no uso de suas atribuições, traz a público a homologação das Chapas de Delegados concorrentes para o Processo de tiragem de Delegados da UFRN ao CONUEE. Assim, abre-se o prazo para recursos, nos termos do Edital. HOMOLOGAÇÃO DE CHAPAS APTAS A CAMPANHA DE DELEGADOS AO CONUEE CHAPA 1 - UNIVERSIDADE NAO SE VENDE, SE DEFENDE! 1 ACTON ALVES DE OLIVEIRA 2 ADJANILSON JADSON LEMOS VITORIANO 3 Aelton Silva Araújo 4 AGUIBERTO CÂNDIDO DA SILVA FILHO 5 AIRTON MATEUS DANTAS ANDRADE 6 Alan Ferreira da silva 7 ALANA MILENA DOS SANTOS GOMES 8 ALANA TAMIRES FERNANDES DE SOUZA 9 ALBERIONE IZIDIO DANTAS 10 Alda Mariana Marino Carneiro Campelo 11 Alexandre Augusto de Jesus Antas 12 ALICE MEDEIROS DE SOUZA 13 ALICIA DE LIMA LUDOVICO 14 ALINE DA COSTA SILVA 15 Aline Daiane de Medeiros 16 Allane Rafaela Brito Dantas de Araújo 17 ALVARO ANDRIELLYS DE BRITO ALVES 18 Amanda Freire de Albuq

Carteira de Estudante 2012

O DCE informa que já está fazendo a carteira de estudante 2012.  Para fazer a sua basta vir a sede do DCE no setor I da UFRN,  com o número da sua matrícula e o preço de custo (R$ 5,00). O DCE fica aberto das 08 às 20h direto.  Você tira a foto e recebe a carteira na hora.