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Polícia põe fim a acampamento do Occupy de Londres e prende 20

Polícia e oficiais de justiça cumpriram na madrugada desta terça-feira (28) decisão da Corte Real de Justiça de Londres e removeram as barracas do movimento OccupyLSX, que estavam há mais de quatro meses em frente à Catedral de São Paulo, no centro da capital britânica. A ação durou cerca de cinco horas e até às 4h a reportagem do Opera Mundi presenciou 12 prisões; um porta-voz da polícia do centro financeiro disse à BBC que 20 pessoas foram presas.
O OccupyLSX, ou Ocupe a Bolsa de Londres, havia firmado acampamento na área no dia 15 de outubro do ano passado, logo em seguida a um grande protesto anticapitalista e antiganância, que reuniu cerca de 3 mil pessoas em pleno centro financeiro londrino.

Quando o movimento estava no auge, em novembro passado, pelo menos 200 barracas dominavam a paisagem. Ontem ainda havia mais de 100, que foram arrastadas e jogadas em caçambas de caminhões de lixo.

A remoção do acampamento foi um pedido da City of London Corporation, companhia que administra parte do centro de Londres. A corte decidiu em favor da City, que alegava que o movimento estava interrompendo o fluxo de pedestres, facilitando problemas de saúde pública e causando transtornos aos turistas que visitam a catedral. Faltam menos de cinco meses para a Olimpíada começar.

Mesmo sem o espaço da Catedral de São Paulo, o OccupyLSX ainda tem um outro grande acampamento em Finsbury Square, um pouco mais ao norte. Membros concordam que o movimento perdeu consistência nas últimas semanas, mas sustentam que qualquer lugar do Reino Unido é passível de ser ocupado. “As pessoas sempre nos agradeceram pelo que a gente fez aqui. Perdemos um território, mas vamos conquistar outros”, afirmou Pete Temp, membro do movimento.

Na madrugada

Os oficiais de justiça (com coletes laranjados) foram acompanhados por um grande contingente policial (com coletes amarelos). Às 0h50, as ruas e avenidas no entorno da catedral estavam fechadas. Cerca de 30 policiais da tropa de choque aguardavam o andamento do protesto em uma rua paralela, a Ave Maria Lane.

Kyle Winters, formado em Teatro Comunitário, usando balaclava e gritando alto, estava agitado. Todas as estruturas do acampamento estavam desmontadas, menos uma: as prateleiras da Tent City University, ou “Universidade da Cidade das Barracas”, que acabou servindo de palanque para um grupo de pelo menos 20 manifestantes irredutíveis.

“Espero que a remoção seja pacífica, mas nunca se sabe o que vai acontecer”, disse Winters ao Opera Mundi. “É um ato fascista”, gritou em direção aos policiais.

A estudante norte-irlandesa Catherine Broger lamentava. Para ela, era “triste” o fato de a ação ocorrer no meio da noite. “Estamos na era da austeridade e eles gastam dinheiro para retirar nossas barracas. Estamos aguardando de forma pacífica o resultado da ação”, afirmou.

Varredura

Era 1h50 quando as luzes da praça foram apagadas pela primeira vez. Àquela altura, o contingente policial já havia pelo menos dobrado e a tropa de choque tomava posição para abrir espaço e chegar à barricada. Às 2h, a área foi praticamente isolada e 15 minutos depois já estava completamente cercada. Apesar da tensão, não houve confronto entre policiais e manifestantes.

Com caminho aberto pela tropa, os oficiais de justiça avançaram em direção às prateleiras, que se tornaram uma espécie de arquibancada para protestos. Enquanto isso, um grupo de cerca de 50 pessoas, aglomeradas nas escadarias da catedral, acompanhavam o último bastião do movimento cair aos poucos.

Sob os gritos de “o mundo está assistindo”, eles retiraram, um a um, cada manifestante até que, de braços dados em cima do palanque, caíram como peças de dominó. Às 3h20, uma varredura da tropa de choque removia o grupo que estava na escadaria, que tinha poucos minutos antes, por meio de votação, decidido resistir de forma pacífica.

Nessa noite, no mínimo 10 pessoas foram presas pela polícia. O estudante George Barda, que respondeu individualmente à ação da City contra o Occupy, lamentou a remoção. “Nosso movimento já não é mais tão homogêneo e fica difícil estabelecer uma estratégia de resistência. Poderíamos ter nos unido e ficado no centro da praça, invocando nossos direitos civis. Uma pena”, disse.

De acordo com Barda, o grupo tentaria se reunir novamente em Picadilly Circus, área bastante turística e simbólica da capital londrina, ou procuraria um novo lugar para recomeçar. 


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