Por Melina França - 31/07/10
Revista Cartorze - Acesse!
A noite de sábado é de choro e gafieira. Depois de ter fechado as portas para reforma por longos sete meses, o tradicional Buraco da Catita, nas imediações da Ribeira, volta a funcionar. As apresentações começam por volta das 20h, com o Grupo Catita Choro & Gafieira. Além deles, outros convidados também marcam presença, a exemplo das cantoras Juliana Barbosa e Camisa Masiso.
A notícia veio para animar os antigos freqüentadores; além dos jovens, que não contam com muitas opções de programação cultural em Natal. Com nova cara, o Buraco da Catita se propõe a inovar também na proposta: o espaço quer ser janela para diferentes manifestações culturais.
A ideia inicial é manter o chorinho das sextas e trazer, nas quintas-feiras o ritmo do jazz e a harmonia da música erudita. Mesmo assim, a casa se mantém aberta a qualquer iniciativa – de saraus poéticos a performances.
O coordenador responsável pelas apresentações, o bailarino e diretor artístico Maurício Motta, chega a fazer suspense sobre a nova programação. Fala que o novo conceito deve ser apresentado na reinauguração – um convite aberto a quem gosta de cultura na cidade.
Para atrair novo público e agradar aos cativos, o Buraco da Catita foi ampliado. A cozinha foi deslocada, de forma a ter mais espaço aberto. Foram construídos novos banheiros – sendo um masculino, um feminino e um para cadeirantes. Na área externa poderão ser dispostas mais mesas e cadeiras do que anteriormente, trazendo maior conforto aos visitantes.
Além da boa música, o chorinho é conhecido pela gente que se aglomera disputando um lugar para ouvir melhor o som ou abrindo caminho para conseguir mais uma cerveja. Na parte de dentro, por outro lado, haverá espaço para uma média de 60 ou 70 pessoas, sem mesas. Toda a reforma foi paga com investimentos do bolso dos proprietários.
Quanto à Prefeitura, as verbas destinadas pelo órgão para a “revitalização” do local foram apenas para pequenos serviços: a rua ganhou nova iluminação e agora há piso onde antes existiam paralelepípedos.
Apesar das mudanças; permanece o clima intimista e a alegria festiva do violão ao bandolim.