Em protesto contra o aumento da passagem de ônibus, os estudantes natalenses foram às ruas mais uma vez para apresentar sua opinião e insatisfação à sociedade, além de questionar a composição do Conselho de Mobilidade Urbana da cidade, que, ao contrário do que diz a Semob (Secretaria de Mobilidade Urbana), não tem representação estudantil.
A marginal da BR-101 foi utilizada pela manifestação pacífica a partir das 17h, quando foram entoadas palavras de ordem contra o reajuste da tarifa. O protesto seguiu até o Midway Mall, quando, após uma parada do movimento, retornou ao Natal Shopping para ser finalizado.
A Polícia Militar, durante o trajeto de volta ao Natal Shopping, agiu de maneira desproporcional à mobilização dos estudantes, ferindo vários com balas de borracha e gás de pimenta. Até a professora da UFRN, Sandra, de Letras, recebeu um chute de um policial ao tentar evitar que este utilizasse cassetete contra os manifestantes.
Para o diretor de imprensa do DCE/UFRN, Ramon Alves, a prefeitura perdeu uma grande oportunidade de abrir o diálogo com os estudantes sobre os problemas de mobilidade urbana de Natal. "Todos os DCEs e a UNE foram pegos de surpresa com o voto de um representante estudantil, que não foi legitimado por ninguém, autorizando o reajuste. Já tinha sido esse o comportamento do prefeito na sua última gestão e essa prática, velha e autoritária, não será tolerada".
Os estudantes secundaristas também estiveram em peso no ato. Para o presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES), Whanderley Costa, "isso é reflexo da ampliação da capacidade que esse movimento vem tendo, aglutinando mais e mais parcelas da sociedade para reivindicar transparência, participação e qualidade nos serviços públicos".
Os estudantes organizarão novos protestos para mobilizar a sociedade pela suspensão do reajuste da passagem de ônibus.