Por alfeu
Da Agência Brasil
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil

A lei que cria a comissão foi sancionada em novembro. Falta agora a
nomeação dos membros que serão responsáveis por investigar as violações
de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. A comissão terá dois
anos para tomar depoimentos e requisitar e analisar documentos que
ajudem a esclarecer os abusos.
Membro do Comitê Paulista pela Memória, Verdade e
Justiça, José Luiz Del Roio, disse que a urgência é importante por causa
da idade avançada das pessoas que viveram o período ditatorial – entre
1964 e 1985. “Muitos de nós, que somos testemunhas, a idade começa a ser
muito avançada. O tempo está levando muitos de nós. Nesse sentido, a
presidenta precisa se apressar, caso contrário, não existirão
testemunhas”, ressaltou.
Amelinha Teles, que faz parte da Comissão de Familiares de Mortos e
Desaparecidos Políticos, disse que a principal preocupação é que não
sejam indicados militares para fazer parte da Comissão da Verdade.
“Infelizmente, a representação, tanto do Exército como das Forças
Armadas, neste momento não tem idoneidade, por não terem esclarecido os
fatos, e por isso, não podem participar”, declarou.
Outro ato para pressionar pela instalação da comissão está marcado
para a próxima quarta-feira (3), na Rua Tutóia, onde funcionou o
Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-Codi). O local é apontado como um dos principais centros
de tortura durante o regime militar.
Edição: Aécio Amado
FONTE: Luis Nassif