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Greve nos transportes: o que podemos aprender?


Por Professor Ruy Rocha, Departamento de Comunicação Social da UFRN, postado no portal Fala Rio Grande

A greve dos trabalhadores nos transportes públicos parou Natal e repercutiu em toda a região metropolitana. Aulas foram suspensas, atividades comerciais foram prejudicadas, assim como o funcionamento de órgãos públicos. O que podemos aprender com tantos engarrafamentos, atrasos, transtornos?

A greve convocada pelo sindicato dos trabalhadores rodoviários tem o objetivo de conquistar melhores salários para motoristas e outros profissionais. Podemos questionar os métodos adotados pela entidade, mas o episódio serve para refletir sobre a mobilidade na capital potiguar. Ao menos dois ônibus foram apedrejados, embora não tenha sido identificada a autoria dos ataques.

Mesmo tendo uma área bem menor (aproximados 167 km² contra 693 km²), em Natal a tarifa é de R$ 2,20, bem próxima dos R$ 2,50 cobrados em Salvador. A maior cidade da Bahia tem uma área quatro vezes maior do que nossa cidade.


Isto mostra que é preciso colocar em perspectiva todos os custos e a margem de lucro das empresas. E também debater a qualidade dos serviços, observados com desconfiança por muitos usuários. Em Natal, os ônibus desaparecem após as 22 horas, colocando em dificuldades muitos estudantes e trabalhadores. Também há muitos veículos velhos, que não contam com adaptações para idosos e pessoas com necessidades especiais.


Muitos reclamam das linhas, que não levam em consideração as demandas da sociedade. As pessoas têm muita dificuldade em transitar entre bairros de uma mesma região e muitos reclamam do cartão eletrônico, que substituiu as estações de integração. Com os constantes atrasos, há a necessidade de pagar duas tarifas.

Aos motoristas e cobradores resta se conformar com um trabalho altamente insalubre, em ônibus barulhentos, sem ar condicionado, nos quais ficam vulneráveis a assaltos. Vale lembrar que algumas empresas exigem que os cobradores restituam o dinheiro roubado. É necessário melhorar os salários e dar qualidade de vida aos funcionários, para que o transporte atenda a demanda.

Os empresários podem até contar com algum tipo de subsídio, mas têm o dever de melhorar muito a qualidade dos serviços oferecidos, sob a fiscalização atenta da prefeitura. Por sua vez, cabe ao município promover uma licitação para os transportes públicos, bem como regulamentar o plano diretor, com ênfase na questão da mobilidade. Estas são urgências,

Todos estes fatos fazem com que seja urgente o debate sobre os transportes em Natal, para que a população conquiste possa se deslocar de um jeito confortável e rápido, pagando preço justo. Impossível? Não, se houver muito trabalho, pensando em soluções de longo prazo, debatendo com seriedade e estudando pra valer o problema.

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