Pressionar pelo aumento das bolsas de pesquisa no país, sem reajuste
há quase quatro anos, o 23º Congresso Nacional de Pós-Graduandos está
mobilizando estudantes da pós-graduação em todas as atividades do
evento, que começou na quinta (3) e vai até o domingo (6). Para a
presidente Elisangela Lizardo, da Associação Nacional de Pós-Graduandos
(ANPG), que promove o congresso, “sem a valorização dos pós-graduandos o
desenvolvimento da ciência no Brasil não se efetivará plenamente”.
"O congresso, além de reunir e
discutir os rumos da Pesquisa, Ciência e Tecnologia, também é um espaço
para os cientistas botarem a boca no trombone e contar qual é a
realidade do pesquisador brasileiro hoje", completou Elisangela.
Atualmente, quem quiser se dedicar à pesquisa acadêmica recebe uma bolsa
de R$ 1.200 (para mestrado) e R$ 1.800 (doutorado).
A presidente da ANPG, que mantém uma forte campanha pelo aumento das
bolsas de pesquisa, reforça que o reajuste das bolsas permeia todas as
discussões do evento e promove questionamentos sobre quais os desafios
da pesquisa acadêmica brasileira.
Nesta sexta-feira (4), um dos destaques da programação é justamente um
debate, às 09h30, sobre "Pesquisa e Pós-graduação: desafios para a
construção de uma universidade sem fronteiras", com a participação de
Glaucius Oliva, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), e Gustavo Balduino, da Associação
Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
(ANDIFES).
Até o final do congresso, estima-se que cerca de mil pesquisadores
passarão pela Universiade Federal de São Paulo (Unifesp), onde ocorre.