O DCE vem retificar a matéria publicada pelo Diário de Natal sobre o #AtodeAmoraNatal que aconteceu nessa quarta-feira, 15 de fevereiro. A matéria cita erroneamente uma declaração dada pelo coordenador Armênio Brito por telefone. Leia o relato sobre o Ato.
Juntamente com muitos outros manifestantes, Armênio segurava faixas e cartazes de protesto fechando a rua em frente à entrada da Câmara Municipal quando chegou uma viatura da polícia próximo à lateral do prédio. Os policiais que dela saíram se dirigiram aos ativistas que produziam material pra dar seqüência ao ato que já tinha planos de sair em cortejo pelas ruas do bairro.
Os policiais abordaram os manifestantes de modo agressivo e sem nenhuma justificativa evidente. Com as mãos sobre as armas e já fazendo o uso de spray de pimenta e cassetetes tentaram dispersar todos aqueles que foram ajudar a socorrer os dois ativistas enquadrados. Um deles que havia sido agarrado pela sua mochila, teve de mostrar o conteúdo dela sob ameaça de mais truculência. Nada criminoso foi encontrado. O PM em questão ainda sugeriu que sentia um cheiro estranho, e pegou algo como um spray de tinta que era possivelmente parte do material que fora usado pra pintar cartazes e faixas de protesto. O ativista enquadrado, ao se livrar da situação driblando-a e entendendo que seu companheiro sofreria assim como ele uma também injusta tentativa de prisão, iniciou uma estratégia de resistência que foi seguida pela grande maioria dos outros manifestantes. Todos se uniram num só corpo-objeto a fim de impedir que a injustiça acontecesse.
Os policiais que já usava força desproporcional e batia em homens, mulheres, jovens, adultos e idosos, sacavam e ressacavam suas armas de fogo e ameaçavam serem ainda mais “enérgicos”. Por motivos estúpidos e alegando desacato, eles tentaram prender um manifestante por utilizar seu celular pra registrar o ocorrido e logo depois a outros por injustificáveis “razões” similares. Armas Ficaram apontadas pras cabeças dos ativistas que resistiam deitados no chão. Depois de um longo tempo de discussão e tensa negociação. Os policiais se retiraram do local e o ato seguiu livre, lúdico e pacífico pelas ruas da cidade até findar num carnaval libertário no beco da lama.